quarta-feira, dezembro 31, 2008

O Filme perfeito para a Passagem de Ano


Aproveito e desejo um 2009 em grande para todos vós, com muitos filmes e bom cinema !

terça-feira, dezembro 30, 2008

Os Grandes de 2008

Haverá Sangue
Retrato impiedoso sobre a desintegração da humanidade de um monstruoso Daniel Day Lewis, num dos filmes mais desconcertantes de sempre. A consagração absoluta do grande cineasta do sec XXI: Paul Thomas Anderson


Tropa de Elite
Realista, cru, polémico, intenso e duro, é um dos mais complexos filmes alguma vez feitos sobre o combate à criminalidade. Prémio em Berlim justíssimo e um dos grande filmes do ano!



Antes que o Diabo Saiba que Morreste
Surpresa arrepiante. Para aqueles que pensavam que a carreira de Lumet tinha acabado, este filme demonstra o contrário e de que maneira! Ainda para mais servido por actores enormes e um dos melhores guiões de que me lembro. De mestre!

Nome de Código: Cloverfield
A ousadia do conceito, assim como a sua irrepreensivel realização, desculpam o facto de este sêr no fundo um monster movie. A encenação claustrofóbica e inspirada fazem deste um filme incontornável de 2008.

The Lovebirds
É verdade, no meu apanhado de 2008 temos direito a um filme luso. The Lovebirds, é um dos mais arriscados e bem conseguidos filmes nacionais de que me lembro. A honestidade, simplicidade e coragem de Bruno De Almeida fazem deste filme um marco a ser descoberto...em Dvd.

Desilusões 2008

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal


Spielberg fez o que parecia impossivel... um mau filme! Contaminado pelas ideias questionáveis do seu amigo Lucas, o cineasta tornou o maior heroi de sempre do cinema, numa caricatura às voltas com um enredo patético e em situações embaraçosas. Sem dúvida a desilusão do ano e o pior filme de um cineasta enorme.

007 – Quantum of Solace


Depois da humanização em Casino Royale, este Bond é um passo atrás. Aqui assistimos a um 007 em modo Terminator, em que o que importa é o boddy count. Sem a mínima espessura dramática que segure a narrativa e com Marc Foster completamente às aranhas. Salva-se Craig, mas mesmo assim é muito pouco.




w.

Um retrato anémico e frouxo, de um personagem que tem sumo para muito mais! Este filme não é do Oliver Stone que tanto admiro. Após a desilusão que foi WTC, este é o 2º ano consecutivo em que o good old Oliver me desilude. Será da idade? Espero que não.


segunda-feira, dezembro 15, 2008

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Auto-retrato de um Génio

Sempre quero vêr quem é que advinha o nome deste "rapaz". Uma pista, foi um dos maiores cineastas de sempre ...

quinta-feira, novembro 27, 2008

Conhecem estes senhores?

Muita muita expectativa, para este filme que promete sêr a grande estreia de 2009 (como é o caso de todos os filmes daquele senhor de óculos e cabelo branco)!

terça-feira, novembro 25, 2008

O filme final do actor Clint Eastwood

(acerca de Gran Torino)

"That will probably do it for me as far as acting is concerned," Eastwood said today, though added that he would continue to direct and produce films.

"You always want to quit while you are ahead," he said. "You don't want to be like a fighter who stays too long in the ring until you're not performing at your best."
Clint Eastwood

segunda-feira, novembro 24, 2008

"Subjectividades"

A propósito deste post do Cinema Is my Life, onde fiquei a par de uma votação feita pela Empire Online, onde o objectivo foi eleger o melhor personagem de sempre da 7ª arte. Pois bem os resultados puseram a nu a fraca cultura cinéfila que reina na net. Então não é que o nº1 eleito foi Tyler Durden (e eu adoro o Fight Club) e o 3º foi o Joker de Heath Ledger? Pois é! Estes papéis ficaram à frente de figuras como Don Vitto Corleone, Travis Bickle, Jake La La Motta, Stan Kowalksi, Reth Buttler, Rick Blaine, Tony Montana e entre muitos outros. Acho que é quase um ... não é mesmo... é um sacrilégio cinematográfico! Fez-me lembrar uma lista que foi feita à um tempo atrás onde os votantes escolheram como melhor actor britânico de sempre o grande...Orlando Bloom (!!!). A internet tem destas..."subjectividades".

007 - Quantum Of Solace (2008)


de Marc Forster

Têm criticado este filme de acção por se colar em demasia à triologia Bourne e diga-se que é uma crítica justa. Quantum of Solace não existiria com esta forma, se não fossem os filmes de Paul Greengrass, o que não deixa de sêr curioso, uma vez que as aventuras de Jason Bourne vinham beber muito aos filmes do mais famoso espião do cinema. Daniel Craig continua bem, seco, duro e com uma presença física impressionante, o seu James Bond é mais assassino e menos aquele espião de BD a que ultimamente assistiamos. Mas apesar de Craig, desta vez o filme falha no capítulo do argumento. Nem Paul Haggis conseguiu milagres, uma vez que o guião parece ter sido escrito em piloto automático, com as cenas de acção a sucederem-se umas a seguir ás outras e com pouquissimo sumo dramático entre elas (essa era uma das várias virtudes de Casino Royale ), pois o arco de vingança que supostamente é a motivação de Bond, é explorado demasiado timidamente. O que sobra é um filme de acção empolgante a espaços, com um excelente Bond, mas nas mãos de um realizador desinspirado e algo copião (até temos perseguições em telhados como em Bourne Ultimatium), que não consegue deixar nenhuma marca especial no franchising de 007. Uma nota ainda para a canção de Jack White e Alicia Keys, descaracterizada e sem alma, muito longe do rico legado musical de Bond e que se aproxima do péssimo contributo de Madonna (Die Another Day) e afasta-se do excelente Chris Cornell (You Know My Name).

domingo, novembro 23, 2008

Star Trek...versão J.J. Abrahams

Confesso que estou curioso para vêr o resultado...

Tropa de Elite (2007)

de José Padilha

Vencedor surpresa do ultimo Festival de Berlim, Tropa de Elite é mais uma prova da imensa vitalidade do cinema brasileiro actual. Controversa e polémica, esta magnífica obra foi acusada injustamente de fascista, uma vez que o retrato que faz dos BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais) não os condena e observa com justeza as suas acções. A polémica foi tal, que o seu realizador, José Padilha, teve de vir a público defender-se: “Acreditar que eu apoio as práticas do BOPE por ter feito Tropa de Elite faz tanto sentido quanto acusar Francis Ford Coppola de ligações com a Máfia por ter dirigido O Padrinho.” E polémicas à parte, Tropa de Elite tem a grande virtude de recusar facilitismos ou maniqueísmos. Tanto criminosos como policias, caem numa espiral de violência sem limite e ambos os lados são condenáveis. A cena final é uma das mais brutais e nilistas do cinema dos últimos anos e nela esta a chave para a ambiguidade da “mensagem” de Padilha. Ou seja, numa guerra não se fazem prisioneiros, e é de uma guerra que se trata, quando o tema é o combate à criminalidade brasileira. Filmado com uma estética realista e crua, Tropa de Elite tem também uma memória cinéfila, pois está recheado de referências filmicas, com um especial destaque para Full Metal Jacket de Kubrick. De louvar ainda o trabalho intenso de Wagner Moura, que compõe um capitão do BOPE torturado e complexo, numa interpretação verdadeiramente arrepiante. Depois do sucesso estrondoso de A Cidade De Deus, Tropa de Elite é mais uma prova da excelência e pertinência do cinema brasileiro e não me admirava que também fosse nomeado para os Oscars. Um dos grandes filmes do ano que passou e um exemplo que o cinema português poderia seguir.

sexta-feira, novembro 21, 2008

Grandes Planos apresenta...THE WRESTLER!

O Filme do ano? Avé Mickey!

quinta-feira, novembro 20, 2008

Para lá de Bond ...

Este trailer promete. Parece que será com Defiance que Edward Zwick regressará à boa forma de Glory. Para isso tem a ajuda de Daniel Craig e da fotografia do "nosso" Eduardo Serra.

quarta-feira, novembro 19, 2008

Husbands and Wives (1992)

de Woody Allen

Filmado e encenado como se de um documentário tratasse, Husbands and Wives é um dos mais amargos e sérios filmes da carreira do grande Woody Allen. Rodado em pleno auge do colapso matrimonial do realizador, esta obra possuiu uma energia frenética e um tom tão pessimista, que após o seu visionamento ficamos com uma sensação que na sociedade moderna já não há espaço para as relações amorosas tradicionais. O ponto de vista de Allen além de pessimista (um reflexo da sua própria crise pessoal na altura) é algo cruel e moral (sem sêr moralista), pois através dele, conseguimos vêr o quão frágeis e por vezes rídiculas, podem sêr as relações entre homem e mulher. E depois temos aquele naipe sublime de magníficos actores, como a habitual Mia Farrow, Judy Davis, Sidney Pollack, Julliete Lewis e Liam Neeson, todos num registo naturalista tão verdadeiro, que tornam o visionamento deste filme, uma experiencia absorvente, fascinante e algo diferente de tudo o que Woody tinha feito até então. Um retrato desencantado e inspiradíssimo que marcou um momento de viragem na carreira de um dos maiores realizadores norte-americanos.

domingo, novembro 16, 2008

quarta-feira, novembro 12, 2008

W. (2008)

de Oliver Stone

Desilusão, é a palavra que me vem constantemente à cabeça sempre que penso neste W. Infelizmente, Oliver Stone apesar de continuar com um bom ritmo narrativo, perde-se na vida incompreendida que é a da George W. Bush. No seu excesso de zelo para fazer um retrato justo do homem, o cineasta omite e ignora acontecimentos fulcrais para compreender um dos mais mal amados presidentes da história dos EUA. Nunca percebemos quem é este básico homem que é retratado. Talvez fosse a intenção do realizador apresentar-nos o retrato de um coitado que apesar de um imenso complexo de inferioridade e de uma grande dose de ingenuidade, consegue virar a sua vida do avesso e conquistar o seu lugar na cadeira do homem mais poderoso do mundo. O problema, é que essa transição não é clara e é algo forçada dentro do contexto do filme. No seu excesso de subtileza (algo que fica mal a Stone) e recurso a constantes elipses, não é nos é perceptível como a personagem de W. conseguiu descobrir a força interior para assumir-se como o lider de uma nação. Destaque para a interpretação de Josh Brollin que apesar das limitações de um guião anémico, consegue transmitir carisma e presença para compôr um personagem limitado no papel. A haver alguma inspiração, ela surge tardiamente numa magnífica cena final, onde um confuso W. não consegue apanhar aquela bola no ar. Um pouco como o realizador, que com este filme dá o seu segundo tiro ao lado depois do anémico WTC.

Que saudades de Oliver Stone.

sábado, outubro 25, 2008

Oliver Stone - 27 anos antes

Um muito jovem Stone fala sobre o seu primeiro filme, cinema, Scorsese e o Vietname. Uma relíquia só possivel graças ao Youtube e ao Grandes Planos:).

quinta-feira, outubro 23, 2008

Série mediana. Canção sublime

Do melhor que ouvi este ano.


The story
Enviado por patitasz

terça-feira, outubro 21, 2008

Obsessão familiar

O Pai (1987)


O Pai (1989)


O Pai (1993)


O Pai (1994)


A Mãe (1995)




O Pai (2004)




A Mãe (2004)


O Pai (2008)

quinta-feira, outubro 16, 2008

Novo trailer para W.

(e já só falta uma semana)

Josh Brolin insultado por W.


"When people approach you about roles, you understand why they would make the connection. But when [Stone] came to me about Bush, I couldn't understand it. I couldn't make any connection whatsoever. I was a little insulted.I had such a visceral reaction against it. But then I thought about it, and I had to get up and read the script. I read it one morning, and I thought it was amazing. I didn't love the story, but as a character, following a guy from 21 to 58 was an incredible challenge for an actor that I didn't think I could pull off."
Josh Brolin

quarta-feira, outubro 15, 2008

The Aviator (2004)

de Martin Scorsese

Esteve para ser realizado por Michael Mann, mas este que vinha de dois biopics (Ali e The Insider) preferiu assumir a produção e dar lugar ao mestre vivo, que é Martin Scorsese. E desde mais, este é um filme scorsesiano, sem tirar nem pôr. Ao contrário do que foi dito na altura da sua estreia, este filme é profundamente anti-académico. Senão repare-se no tratamento cromático que duplica a técnica cinematográfica referente a cada época que o filme retrata. Ou então a obcessiva atenção ao detalhe, com que a frenética câmara de Scorsese, nos brinda. Ou ainda, a montagem perfeita de Thelma Schoonmaker, com muito de virtuoso e original. E que dizer da composição assombrosa de Leonardo Di Caprio (no seu grande papel até à data), que flutua entre um idealismo inspirador, e uma assustadora demência. E é precisamente no trágico Howard Hughes que a ponte que liga esta obra, a outros martires de Scorsese, fica completa. Nele há toques de La Motta, Bickle, Pierce e…Cristo. Tal como eles, Hughes é um personagem torturado pelos seus demónios interiores, que será forçado a passar por um doloroso calvário, até atingir uma espécie de redenção, ou se preferirem, auto-descoberta.

Mas, apesar de todas as suas qualidades, The Aviator, não é um filme isento de ligeiras falhas. O seu ritmo e tom, são algo desiquilibrados, devido a um início excecivamente arrastado, onde Scorsese se perde nas proezas aeronáuticas, amorosas e cinematográficas, do excentrico milionário. Mas nada que não se perdoe facilmente. Assim que assistimos aos primeiros sintomas de loucura do personagem (aquela cena na casa de banho) e nos apercebemos do verdadeiro tema do filme, que esteve sempre ali, debaixo daquela superfície aparentemente perfeita, somos levados numa viagem aos infernos, como só Scorsese sabe fazer. Para acabar, não posso deixar de referir aquele final, tão simbólico, irónico e amargo em que um descontrolado Howard Hughes, olha para o seu reflexo num espelho (tal como em Raging Bull) e aceita o seu “way of the future”, num dos finais mais doridos dos ultimos anos. Um grande filme, de um dos cineastas mais apaixonantes, da história da 7ª arte.

Dicionário Sopranico

Agita: anxiety, edginess, an upset stomach
Buon' anima: salutation meaning rest his soul.
Clip: to murder; also whack, hit, pop, burn, put a contract out.
Don: the head of the Family
Eat alone: to keep for one's self; to be greedy
Fanook: derived from "finocchio" or fennel, a derogatory term for homsexual or gay, i.e., people that wiseguys feel nervous around. A "mezzofinook" is half gay, sissy, bi
Goomah: a Mafia mistress; also comare.
Hit: to murder; also see whack.
In the wind: after you leave the Witness protection program you are "in the wind," meaning you're on your own somewhere out there.
Jamook: idiot, loser, lamebrained, you know, a jamook.
Lam: To lay low, go into hiding.
Moe Green Special: Getting killed with a shot in the eye, like the character, Moe Green, in The Godfather. One form of "sending a message."
Omertá: the much-vaunted Mafia vow of silence. In other words, don't rat on your friends. Transgression is punishable by death.
Pinched: to get caught by the cops
Rat: one who snitches or squeals after having been pinched.
Stugots: from stu cazzo or u' cazzu, the testicles. Tony Soprano's boat is The Stugots
Tizzun: Neapolitan derogatory term for black person.
Underboss: the second in command to the boss.
Va fa napole: "Go to Naples" (i.e., "Go to hell.").
Waste management business: euphemism for organized crime.

sexta-feira, outubro 10, 2008

A Perfect Murder (1998)

de Andrew Davis

Remake "não assumido", do classico Dial M for Murder de Hitchcock, este thriller tem o dom de agarrar o espectador desde o início para o não largar mais. A história gira em volta do um clássico triangulo amoroso, com um marido traído (Douglas) por uma esposa (Paltrow) que mantem um caso com um jovem artista (Mortenssen). O twist nesta história, está na forma como o marido irá acertar contas com o infiel casal, com resultados sangrentos, mas muito inesperados. O argumento de Patrick Smith Kelley está muito bem cozinhado, e joga com as expectativas do espectador demonstrando que a lição de Hitchcock foi muito bem estudada, ou seja: deixar o espectador, sempre um passo à frente dos personagens. Pena é que uma sonsa Gwineth Paltrow e um Viggo Mortensen canastrão(ao contrário de outros papéis), não estejam à altura do sinistro personagem de Michael Douglas, um vez que este rouba, sem grande esforço, todas as cenas onde entra. Quanto à realização, apesar de não sêr brilhante, Andrew Davis (The Fugitive), não compromete e tem um bom sentido narrativo, deixando a história e os seus actores tomarem as rédeas do filme. Um thriller com uma boa gestão dos mecanismos do suspense, e que garante duas horas coladas ao ecrã.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Banda sonora de créditos finais

A propósito do interessantissimo desafio do Créditos Finais, aqui fica a minha escolha de canções marcantes, que acompanharam os end credits de 10 filmes da minha vida.

1-God Moving Above the Waters-Moby (Heat)
2-My Way - Sid Vicious (Goodfellas)
3-The Hands That Build America - U2 (Gangs of New York)
4-Where is my mind - pixies (Fight Club)
5-Set Me Free - Lisa Gerard & Pieter Bourke (Ali)
6-Paint It Black - Rolling Stones ( Full Metal Jacket)
7-The Future - Leonard Cohen (NBK)
8-An Ending (ascent) - Brian Eno (Traffic)
9-By This River - Brian Eno (La Stanza Del Figlio)
10-Surf Rider - The Lively ones (Pulp Fiction)

A lista deu algum trabalho, mas também muito gozo. Fica o desafio passado a quem o quizer aceitar:)

terça-feira, outubro 07, 2008

Filmaço!

"There ain't nobody gonna push me of my land! My grandpa took up this land 70 years ago, my pa was born here, we were all born on it. And some of of us was killed on it! ...and some of us died on it. That's what make it our'n, bein' born on it,...and workin' on it,...and and dying' on it! And not no piece of paper with the writin' on it! "

The Grapes of Wrath

The Apostle (1997)

de Robert Duvall

Este projecto que demorou 15 anos para sêr realizado, foi apenas possivel graças à persistencia, do seu actôr-argumentista-produtor-realizador, o magnífico Robert Duvall. O seu tema sui generis, e a visão imparcial de Duvall, fogem a todos os standards de Hollywood, sendo compreensivel o porquê da dificuldade do financiamento do filme. The Apostle, conta a historia de um pregador evangelista (Duvall) que apesar de ser um ferveroso crente e um excelente pastôr, deixa que as suas (muitas) falhas humanas empurrem a sua mulher (Farrah Fawcett) para os braços de outro homem. A traição dela, leva o pastôr a cometer um crime passional, tendo de fugir de seguida e recomeçar uma nova vida (e uma nova Igreja), numa pequena localidade do Sul da América. Esta história de redenção, tem um tom mais proximo do cinema europeu, do que da narrativa clássica americana, uma vez que Duvall, nunca vira a cara a mostrar as muitas falhas do seu pastôr E.F, sempre de forma justa e sem julgamentos morais. A realização nunca cai em manequeismos e é de louvar a forma súbtil e por vezes tocante, como o actôr-realizador, consegue equilibrar e revelar todo um vasto leque de emoções contraditórias. E depois há aqueles sermões de antologia, em que Duvall brilha de uma forma tão intensa, frenética e irresistivel, que tornaram inevitável a sua justíssima nomeação para o Oscar de melhor actor. Destaque ainda para os tons tórridos da fotografia de Barry Markowitz e para a partitura do habitual colaborador de Michael Cimino, o prodigioso David Mansfield.
Um filme belo e algo esquecido.

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