quarta-feira, julho 01, 2009

High Fidelity (2000)

de Stephen Frears



Filmes da Minha Vida - XV

Mais que uma simples comédia romântica (que tambem o é) High Fidelity é um brilhante e hilariante estudo à psique masculina, aos seus comportamentos, inadequações e obcessões relativamente ao sexo oposto. Não era fácil adaptar um livro tão único como aquele que Nick Hornby escreveu. Mas High Fidelity é daqueles rarissimos casos, em que o filme é tão bom quanto o livro. Isso deve-se ao magnífico trio de ases: Stephen Frears, John Cusack e Jack Black. Se Frears consegue respeitar o genial e irreverente espirito do livro, assim como incutir soluções visuais (os delirios de Rob) e narrativas (as confissões para a camara) inspiradas e inesperadas, John Cusack é a incarnação perfeita do anti-heroi romântico obcecado por pop-rock e relações falhadas. O Rob de Cusack é um poço de contradições: chauvinista, vulnerável, sensivel e egoista. Ou seja um grande personagem. Divertido, inesperado, comovente e sincero High fidelity é daqueles filmes que me são profundamente pessoais e que devo ja ter visto umas 10 vezes (o livro vai na 5ª releitura). Tal como uma boa canção, é um filme a que se volta com um prazer constantemente renovado.

4 comentários:

Unknown disse...

Também gostei bastante do filme. Prima pela originalidade e, como dizes, pelo fabuloso estudo à psique masculina. Contudo nunca lhe daria as cinco estrelas. Apesar da criatividade e inventividade demonstrada não atinge, quanto a mim, a excelência.

E claro, a banda sonora é de luxo.

Abraço

Luís A. disse...

Sabes o que é Fifeco. Ate posso reconhecer que o filme não tem meritos para 5 estrelas. Mas ele atinge-me a um nivel tão pessoal que é impossivel não as dar:)

abraço

Peter Gunn disse...

Tenho que admitir que foi uma óptima surpresa este filme.

E apesar de não o considerar uma obra prima é sem dúvida um filme que por vezes nos toca bem cá dentro, ora pelas situações vividas pelo John Cusack ora pelas surpresas geradas pelo grande argumento, como é o caso da actuação ao vivo no final pela banda do Jack Black.... e no final quem é que consegue resistir a deixar cair uma lágrima com aquele fantástico I believe do Stevie Wonder, colocado como uma cereja no topo de um excelente bolo?

Cumprimentos

Luís A. disse...

Peter, concordo em absoluto. Enche-me as medidas esta obra.

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