segunda-feira, novembro 24, 2008

007 - Quantum Of Solace (2008)


de Marc Forster

Têm criticado este filme de acção por se colar em demasia à triologia Bourne e diga-se que é uma crítica justa. Quantum of Solace não existiria com esta forma, se não fossem os filmes de Paul Greengrass, o que não deixa de sêr curioso, uma vez que as aventuras de Jason Bourne vinham beber muito aos filmes do mais famoso espião do cinema. Daniel Craig continua bem, seco, duro e com uma presença física impressionante, o seu James Bond é mais assassino e menos aquele espião de BD a que ultimamente assistiamos. Mas apesar de Craig, desta vez o filme falha no capítulo do argumento. Nem Paul Haggis conseguiu milagres, uma vez que o guião parece ter sido escrito em piloto automático, com as cenas de acção a sucederem-se umas a seguir ás outras e com pouquissimo sumo dramático entre elas (essa era uma das várias virtudes de Casino Royale ), pois o arco de vingança que supostamente é a motivação de Bond, é explorado demasiado timidamente. O que sobra é um filme de acção empolgante a espaços, com um excelente Bond, mas nas mãos de um realizador desinspirado e algo copião (até temos perseguições em telhados como em Bourne Ultimatium), que não consegue deixar nenhuma marca especial no franchising de 007. Uma nota ainda para a canção de Jack White e Alicia Keys, descaracterizada e sem alma, muito longe do rico legado musical de Bond e que se aproxima do péssimo contributo de Madonna (Die Another Day) e afasta-se do excelente Chris Cornell (You Know My Name).

4 comentários:

João Bizarro disse...

Desde o filme à musica estamos em total desacordo.

Luís A. disse...

Pois João, mas a mim este Quantum não me convenceu nada. Muitos furos atrás de Casino Royale (para não falar de outros)...

Daniel S. Silva disse...

Uma vez comparado com Casino, este Quantum deixa sem dúvida muito a desejar!

No entanto, dado os sentimentos de raiva e de vingança que inundavam este Bond, representado de forma irrepreensível por Craig, penso que esta história tem a sua razão de ser. Talvez pudesse ter sido contada doutra forma, mas vamos acreditar que no próximo Bond, este será mais... Bond! ;)

Abraço ;)

Luís A. disse...

Eram precisamente esses sentimentos de raiva e vingança que teriam dado o sumo dramático que está ausente deste 007. O proximo será melhor concerteza.

abraço cinefilo

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