Surpresa muito positiva este Man on Fire de Tony Scott. De certa forma é um regresso para Scott, uma vez que o seu filme a Vingança(1990) já tinha percorrido este caminho, o da vingança sanguinária de um homem numa terra estranha. Curioso é o facto de também a acção de Vingança se localizar no México.
Apesar de um certo exagero estilístico e de efeitos de pós-produção, a história do solitário e decadente agente Creasy e da sua relação emocional com a pequena Pita agarra o mais céptico dos espectadores. Apesar de partir de um conceito algo batido, Scott (ajudado imensamente por Washington e a pequena Dakota Fanning)consegue realizar um filme que oscila entre a crueza e crueldade imensa (a sequência da tortura ao volante do automóvel é exemplo disso) com o lado mais humano e frágil do seu personagem principal. Um filme violento sem dúvida , mas também com um lado emocional que por vezes roça o sublime.
O melhor de Tony Scott? Até agora é! E Tony por este andar, arrisca-se a ultrapassar o seu irmão Ridley.
A favor:
-Todas as cenas entre Dakota Flanning e Denzel Washington
-Os vários métodos de tortura de Creasy
-O final que fugindo aos finais típicos de hollyood é extremamente belo, poético e agridoce.
-A música de Lisa Gerard e Hans Gresson-Williams
Contra: - a utilização abusiva (por vezes) de um estilo pós-moderno de edição.
- a inócuidade do papel do grande Christopher Walken.
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