sexta-feira, abril 30, 2010

1999 - O melhor ano de sempre do Cinema

1ª RAZÃO - Magnolia


2ª RAZÃO - The Insider


3ª RAZÃO - Fight Club


4ª RAZÃO - Summer of Sam


5ª RAZÃO - Bringing Out The Dead


6ª RAZÃO - Matrix

quinta-feira, abril 29, 2010

quinta-feira, abril 22, 2010

Os 10 MAIS DA DÉCADA - Nº4


TROPA DE ELITE
(2007)
de José Padilha

Depois de Cidade de Deus, parecia difícil o revigorado cinema brasileiro oferecer-nos uma obra que superasse o filme de Fernando Meirelles. Tropa de Elite consegue esse feito. Mais cru, complexo, seco, violento e polémico, criou um enorme debate se seria pró ou contra a necessidade de violência policial no combate ao crime. E é na riqueza desse debate que está a grande virtude deste filme poderoso e intenso. Tropa de Elite mostra a realidade chocante como ela é actualmente, sem juízos de valor ou morais de pacotilha. Nesta obra-prima, tanto o agente policial como o traficante são implacáveis, violentos, mas também humanos e vítimas de um sistema decadente e hipócrita. E depois temos a representação explosiva de Wagner Moura, compondo um angustiado Capitão Nascimento, um personagem contraditório e ao mesmo tempo profundamente humano. A justeza da câmara documental de José Padilha, a inteligente abordagem narrativa, a montagem perfeita e aquele plano final (dos mais cruéis que o cinema alguma vez mostrou), justificam o feito que foi a conquista do Urso de Ouro no Festival de Berlim. O melhor filme brasileiro que alguma vez vi.

segunda-feira, abril 19, 2010

O poder de um filme


Q:What got your enthusiasm for Platoon going again?

STONE: Seeing Warren Beatty's Reds in 1981. 1 loved it. The fact that Beatty had spent so much time doing a film that was so unconventional really reminded me that, HEY, you can make good movies if you stick it out. So at that point in time, I said, "I'm going to do it."

sexta-feira, abril 16, 2010

O Mar de Mann

Dizem que um autor é um realizador que passa a sua carreira a fazer os mesmos filmes, mas com histórias e personagens diferentes. Esses autores têm obsessões recorrentes, que se infiltram nas suas obras e acabam por vir à superfície de forma quase subliminar. Michael Mann é um autor. Quem visita este blogue e quem me conhece sabe o que eu penso acerca do senhor. O que se segue é um apanhado de uma das suas obsessões recorrentes e um enunciado da importância plástica e temática desse elemento na sua obra: o mar no mundo de Michael Mann.




Thief
Após o assalto da sua vida, Frank tem um (curto) momento de felicidade: ele tem finalmente aquilo que tanto procurou e ansiou: uma família. E juntos fogem para uma praia onde a harmonia, o sol e o mar sugerem um momento idílico. O som dos Tangerine Dream e a direcção de Mann fazem desta sequência uma das mais poéticas e líricas desta belíssima obra.


Manhunter
De novo o mar como reconciliação e paz. Aqui a simbologia é mais presente que nunca, pois o filme abre e fecha com o oceano. Se na primeira cena, Graham está perturbado e traumatizado, o facto de estar de costas viradas para o mar não é inocente. Na cena final após a morte do serial killer, ele consegue finalmente contemplar a sua tranquilidade e beleza, junto à sua família e nós sentimos que ele encontrou a tão desejada paz.



Last of the Mohicans
Aqui não temos, o mar, mas temos a água dos rios. O elemento aquático funciona como símbolo erótico e de união entre homem e mulher. Só após a fuga aos ingleses, e depois de encontrarem esconderijo numa gruta oculta por uma catarata (a água protectora) é que Hawkeye e Cora conseguem declarar o seu amor.


Heat
Num filme predominantemente urbano, o mar funciona como sugestão de desejo de fuga e solidão para Neil. É quando está sozinho e a contemplar o oceano, que Neil decide procurar ligar-se a alguém, encontrando na cena seguinte Eady. E quando no dia seguinte Cris lhe diz que Charlene o quer deixar, Neil apoia-o a voltar para ela. O oceano no background é de novo o elemento de sugestão romântica



The Insider
Jeffrey Wigand está no dilema da sua vida, pois não consegue “encontrar o critério para decidir”. Denuncia os seus corrutptos empregadores e pelo caminho perde a sua famíla, ou fica em silêncio, sabendo o custo dessa decisão que lhe fará perder a sua integridade e moral. Após contemplar um calmo oceano, Wigand tem uma epifania descobre a resposta num momento mágico.



Ali
Não tão presente como nas obras anteriores, mas mesmo assim está lá numa breve cena. A cena em que Ali separa-se da sua segunda mulher é de alguma importância na narrativa. O facto de lá estar o mar, sugere que a água poderá ser símbolo de vida, mas também de ruptura nas relações, sugerindo tal como em Manhunter uma dupla função no cinema de Mann.



Colateral
À primeira vista parece que está ausente do filme. Mas mais uma vez, o mar está lá. É verdade que apenas numa fotografia. Mas essa imagem tem um poder de escape e de utopia no taxista Max. Não será inocente que essa imagem marítima seja mais uma vez o elemento que junta um homem e uma mulher no cinema de Mann, na cena em que Max oferece a sua preciosa foto a Annie.

Miami Vice
O escape de novo e a consumação de uma marca autoral. A música de moby e a fuga marítima de Sonny e Isabela, criam uma cena transcendente neste belíssimo filme. Mais uma vez um oceano que une dois seres. O mar sugere a utopia e o horizonte de uma vida a dois, uma fuga da realidade para duas almas que afinal são gémeas. Esse lado idílico é destroçado na separação final do casal , quando Sonny contempla a fuga de Isabela num barco que desaparece...no mar.

quinta-feira, abril 15, 2010

A aclamação Criterion




Disc Features.DIRECTOR-APPROVED FOUR-DVD SET:

•Ossos,, newly restored in high-definition, and In Vanda’s Room and Colossal Youth remastered from the digital camera originals, all under the supervision of director Pedro Costa
•New video conversations between Costa and filmmaker Jean-Pierre Gorin about Ossos and Colossal Youth
•New audio commentary for In Vanda’s Room featuring Costa and Gorin
•New selected-scene audio commentary for Colossal Youth with critic Cyril Neyrat and author-philosopher Jacques Rancière
•Video interviews with critic João Bénard da Costa and cinematographer Emmanuel Machuel about Ossos
•New video essay by artist Jeff Wall on Ossos
•All Blossoms Again, a feature-length documentary on Costa, Colossal Youth, and the director’s relationship to Fontainhas
•Tarrafal and The Rabbit Hunters, two short films by Costa
•Little Boy Male, Little Girl Female, a video installation piece by Costa featuring outtakes from In Vanda’s Room and Colossal Youth
•Galleries of photos by Mariana Viegas and Richard Dumas
•Theatrical trailers for In Vanda’s Room and Colossal Youth
•New and improved English subtitle translations of all the films
•PLUS: A booklet featuring essays by critics Cyril Neyrat, Ricardo Matos Cabo, Luc Sante, Thom Andersen, and Mark Peranson, as well as a reprint by Bernard Eisenschitz

terça-feira, abril 13, 2010

La Carne (1991)

de Marco Ferreri

Uma das últimas obras do polémico Marco Ferreri, La Carne é, à semelhança de filmes como Chiao Maschio e La Grande Bouffe, a crónica da auto-destruição de um homem, causada pela sua relação com uma sensual mulher. E em La Carne, Ferreri vai longe nos seus temas recorrentes de solidão, não comunicação entre sexo(s) e angústia existencial masculina. O seu Paolo leva ao limite a obsessão pela possessão do sexo feminino e num final que tem tanto de surpreendente como de perturbador, Ferreri torna explícito o tema desta obra através de outro dos seus tópicos favoritos, a relação entre o sexo e a comida. Se a super-mulher pela qual o pobre Paolo se apaixona, é voluptuosa, carnal e sexual, ela é também inacessível e inatingível. Durante todo o filme há uma luta pela possessão desta deusa, e uma sequência num talho, avisa-nos que esta luta será até às últimas sequências. Tal como The Last Tango in Paris, também La Carne fala da angústia de meia-idade masculina, através de cenas tórridas, escandalosas e chocantes. A diferença entre o clássico de Bertolucci e esta obra, é que aqui temos o humor sarcástico e caustico de Ferreri, que limitado a uma casa e meia dúzia de actores, cria um microcosmos e uma metáfora, para todas as relações possessivas. La Carne funciona como um interessante e perspicaz tributo à superioridade feminina e uma feroz crítica à bestialidade masculina. Um filme insólito na obra de um realizador injustamente esquecido.

segunda-feira, abril 12, 2010

Bring me the Head of Alfredo Garcia (1974)

de Sam Peckinpah


Filme maldito de um cineasta amaldiçoado, este western contemporâneo, seria a última vez que Peckinpah filmaria no seu amado México (após Major Dundee, Wild Bunch e The Getaway). A história é simples, Bennie é um pianista alcoólico que tem a sua oportunidade de enriquecer. Para isso terá de entregar a cabeça do malogrado Alfredo Garcia a um poderoso rancheiro mexicano. Pelo caminho, terá de descobrir a sua sepultura, cortar-lhe a cabeça, fugir aos familiares de Alfredo e lutar contra os mafiosos que o perseguem. Se a premissa é macabra, a sua execução por parte de Peckinpah, é violenta, cómica e trágica. Bennie é um torturado alter ego do seu realizador. Aliás, o próprio Warren Oates, admitiu na altura, que se tinha inspirado em Peckinpah para criar a sua distorcida personagem, tais eram as semelhanças com a persona do seu realizador. O seu Bennie está no fim da linha e vê na sua missão a sua última hipótese de redenção. Mas como em todos os filmes de Peckinpah a redenção é feita de sangue. Trata-se de um filme desequilibrado e sem foco narrativo, pois sente-se que o realizador se marimbou para o guião e se deliciou a criar sequências chauvinistas, chocantes, sexistas e profanas. Mas nem tudo é violência nos filmes de Peckinpah e também aqui o seu lirismo melancólico está bem presente na sequência do piquenique. Essa cena é uma das muitas da carreira de um realizador injustamente acusado de falta de sensibilidade. Com uma interessante montagem e um trabalho comovente de Warren Oates, Bring Me The Head of Alfredo Garcia, é um filme marcante mas menor, na carreira de um dos mais influentes enfants-terribles da história da 7ª arte.


sexta-feira, abril 09, 2010

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