quarta-feira, outubro 31, 2007

Votação Irmãos Coen - Resultados

Pela primeira vez nas sondagens do Grandes Planos houve um empate técnico. Mas parece-me um empate justo. Pois se um é uma pérola perfeita de comédia desparafusada, provocadora e hilariante, o outro é uma pérola perfeita de um filme noir, sombrio, complexo e belíssimo.

TOP COEN

Millers Crossing (1990)

The Big Lebowski (1998)

Obrigado a todos os que participaram.

terça-feira, outubro 30, 2007

Top 5 - Cinema de Oliver Stone

5º - Born On the 4th of Jully.

O filme mais trágico de Stone até à data. Um retrato dramático e revoltado, com uma grande história e um fortíssimo contéudo político, histórico e social. Magnífica realização, Tom Cruise no papel da sua vida e uma inesquécivel banda sonora de John Williams.

4º - Natural Born Killers.

O filme bomba de uma década. Está para os anos 90 como A Clockwork Orange para os anos 70. Inovador, iconoclasta e subversivo, NBK é uma inteligente e bombástica sátira à violência na sociedade e no cinema. Escrito por Tarantino e reescrito por Stone. Genial!

3º - JFK.

O filme polémico. A revista a um dos momentos mais traumáticos da história norte-americana: o assassinato de John F. Kennedy. Visualmente frenético, com uma pulsão imparável, Stone deixa no ar a possibilidade de uma conspiração nas mais altas esferas do governo americano estar por detrás do assassinato do malogrado Kennedy (o que lhe valeu uma injusta fama de maluquinho das conspirações). Independentemente disso, há inteligência e talento q.b., de um genial cineasta que tem em JFK um dos seus mais belos filmes. Destaque para Kevin costner num grande papel.

2º - SALVADOR.

O filme revelação. Mergulho na torturada América Latina, e na guerra civil em El Salvador. James Woods (genia e nomeado para Oscarl) e James Belushi, são o par de escroques, alcoólicos, sexistas e vulgares, que em busca de mulheres fáceis e bebida barata, acabam por se deparar com um verdadeiro genocídio apoiado pelo governo norte-americano de Reagan. Com um humor selvagem e com cenas de uma brutalidade chocante (e por vezes tocante) Salvador, é dos filmes mais emocionais e directos de Stone. Ou seja: um dos seus melhores.

1º - PLATOON.

O filme sucesso. Fortemente autobiográfico, retrato impiedoso, cruel e realista da guerra do Vietname, (onde o próprio Stone combateu). Os soldados de Platoon não são nem bonzinhos nem heróicos. Uns bebem, drogam-se, assassinam e violam. Mas outros também são capazes da amizade, da entreajuda, da compaixão e finalmente da redenção. No final a Guerra a todos muda, e a todos marca. Charlie Sheen num grande papel, assim como Tom Berenger e Willem Dafoe, constituem o potente trio de actores. O filme mais forte, mais dramático, mais corajoso, mais marcante, mais tudo! O Melhor de um cineasta apaixonante, muito pouco reconhecido em Portugal. Ao qual, deixo desde já, esta pequena homenagem.

quinta-feira, outubro 25, 2007

Grande embrulhada

""É um filme de produtor", explicou Alexandre Valente, o dito, terça-feira, numa conferência de imprensa em Lisboa. Instado pelos jornalistas a explicar as razões das discordâncias com João Botelho, que levaram este a romper com a produção e a retirar o seu nome do filme, sobre o que tinha sido filmado e depois cortado (entre 12 a 17 minutos) e quais as alterações por ele feitas no alinhamento das imagens e na banda sonora, Alexandre Valente pouco adiantou. Num texto no dossier de imprensa, o produtor escreve que ele e João Botelho não conseguiram "chegar a acordo na montagem e na banda sonora". Ontem, disse que "o objectivo do filme era adaptar o livro `Eu, Carolina`, objectivo que implica riscos e que devem ser corridos por mim". Acrescentou que viu a montagem apresentada por João Botelho, "discordou dela e disse-lhe", mas nunca explicará "o que havia" antes no filme e "o que há agora. Mas não alterei o contexto do filme". Valente negou ao DN existirem duas versões de «Corrupção». Uma de cinema, a sua, com menos 17 minutos que a de João Botelho, e a de DVD, do realizador, com esses 17 minutos acrescentados. Nicolau Breyner, que interpreta o Presidente, e Ruy de Carvalho, elogiaram o trabalho de João Botelho e apoiaram Alexandre Valente nas suas decisões. Não estamos habituados a ter indústria cinematográfica em Portugal. A indústria implica que haja filmes destes, os chamados filmes de encomenda, disse Breyner. E pelo contrato, o produtor pode cortar, escolher actores, etc. É normal. Não há jogo escondido, rematou. Para Ruy de Carvalho, Não há censura. Essa, sentimo-la eu e o Nicolau na pele. Há cortes de produção. Houve um desacordo entre o realizador e o produtor. Carolina Salgado já viu o filme e "amou". Está muito contente "por ter chegado até aqui", e estará "ainda mais" quando for a antestreia do filme, no dia 31, numa festa no Freeport de Alcochete. «Corrupção» irá para os cinemas sem ter sido mostrado antes aos media e à crítica."
in Diário de Notícias a 24 de Outubro de 2007

quarta-feira, outubro 24, 2007

terça-feira, outubro 23, 2007

Pedro Costa na 1ª pessoa

Um grande senhor...

Cinemateca em Marcha


JUVENTUDE EM MARCHA de Pedro Costa

com Alberto Barros “Lento”, Antonio Semedo “Nhurro”, Ventura, Vanda Duarte
Portugal/França/Suíça, 2006 - 155 min / legendado em português

"Pedro Costa volta à comunidade do Bairro das Fontaínhas depois de OSSOS e NO QUARTO DA VANDA: “Em JUVENTUDE EM MARCHA, o bairro está já destruído e segui um dos seus residentes, Ventura. É um filme sobre um homem que carrega um passado, um homem com fantasmas. O filme também lida com a relação filial (…). É uma história de fidelidade ao nascimento de um bairro, e Ventura contribui muito para esta história de fidelidade”. "

Sexta-feira (dia 26) 21:30 Sala Dr. Félix Ribeiro
Com a presença de Pedro Costa

domingo, outubro 21, 2007

Crimson Tide (1995)

de Tony Scott


No início dos anos 90, o regime soviético acaba por cair nas mãos de um louco de seu nome Radchenko (inspirado em Zironofsky), que ameaça o mundo com o seu armamento nuclear. O submarino americano Alabama, comandado pelo veterano Ramsey (Gene Hackman) , parte em direcção à Rússia, numa missão preventiva. O novo imediato Hunter ( Denzel Washington), acaba por entrar em rota de colisão com Ramsey, devido a uma mensagem muito dúbia, que poderá levar o mundo a uma guerra nuclear.

Com produção de Jerry Bruckheimer e realizado com mão segura por Tony Scott , Crimson Tide é dos melhores filmes do britânico até à data. A gestão da tensão é feita de forma eficiente e em crescendo. Os habituais exageros estílisticos de Scott, estão quase ausentes, reforçando assim a importância dos personagens e aumentando a claustrofobia do espaço do submarino.

Servido por um argumento, muito bem trabalhado, que consegue dar-nos a entender perfeitamente as motivações tanto de Ramsey, como de Hunter, sendo perfeitamente plausível a escalada de conflito entre os dois homens. O argumentista Michael Schiffer, nunca recorre a saídas fáceis, e opta pelo desenvolvimento dos personagens, em detrimento da pirotecnia de artifícios, a que este tipo de história poderia levar. Como nota curisosa, é de salientar que Tarantino trabalhou no guião a convite de Scott, para reforçar alguns diálogos, como facilmente se percebe na cena do Silver Surfer.

Apesar do leque de actores fortíssimo, onde se incluem Jason Robards, George Dzundza, Viggo Mortenssen ou James Gandolfini (muito antes dos Sopranos) , Crimson Tide, aposta tudo e bem, nos seus principais: uns enormes Gene Hackman e Denzel Washington, que dão uma verdadeira lição da arte de bem representar, apesar dos seus estilos diferentes. São impressionantes as cenas de confronto entre os dois gigantes, tal é a intensidade, a pura força e carisma que ambos emanam, sendo quanto a mim as grandes mais valias deste belíssimo filme.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Brava Dança

Documentário nacional que aborda em detalhe, a carreira dos míticos Heróis do Mar. Premiado no DocLisboa.
A não perder! Hoje às 23.30 na TV2

quinta-feira, outubro 18, 2007

Trainspotting (1996)

de Danny Boyle

Baseado no livro escândalo de Irvine Welsh, Trainspotting é um retrato de uma juventude escocesa, perdida no crime, na droga, na doença e na violência, mas com um toque de humor negro Q.B que faz toda a diferença para a necessária identificação com os personagens. Filme culto dos anos 90, Trainspotting é a prova da vitalidade do cinema europeu dessa altura, assim como a afirmação do talento de Danny Boyle (que até aí tinha apenas assinado o excelente Shallow Grave).

Recheado de uma galeria de figurões extremamente coloridos e divertidos. Eles são, o protagonista Mark Renton (Ewan Mcgregor), com a sua filosofia de escolher cavalo em vez de escolher a vida. Simon “Sick Boy” (Johnny Lee Miller) o grande teórico de Sean Connery e engatão incorrigível. Spud (Ewen Bremmer, o drogado de bom coração com uma grande apetência para defecar em camas estranhas e para se encher de speeds nas entrevistas de emprego. E finalmente o psicótico e paranóico “Franco” Begbie (Robert Carlyle), perigoso, irrascível e sempre na vertigem da violência. Todos os actores, estão à altura dos papéis, conseguindo dar o toque humano essencial, na composição destas bizarras personagens. Outro ponto fortíssimo, é a adaptação que o argumentista John Hodge fez do livro de Welsh. Hodge combina personagens e situações do livro, mantendo-se sempre fiel ao espírito da obra original. É de salientar que o livro tinha uma estrutura não linear algo complexa, que Hodge escolheu contar de forma mais tradicional e eficaz.

E para final o melhor: a virtuosa realização de Danny Boyle. O realizador parece ter sido possuído pelo mesmo espírito febril dos seus personagens. Personagens esses, que nunca em momento algum são julgados pela câmara de Boyle. A sua realização nunca recorre a saídas fáceis e prefere manter-se do lado dos seus heróis(?) até às ultimas consequências (incluíndo um delírio numa cena de antologia na pior casa de banho da Escócia). A encenação arrojada e destemida, o uso de grandes angulares que distorcem e alienam os personagens, uma montagem frenética e inovadora, a manipulação de sons, conjugada com a pujante banda sonora (Underworld, Iggy Pop, Lou Reed), revelam aqui o melhor momento da carreira de Danny Boyle.

Um dos melhores filmes dos anos 90, e obrigatório para (quase) todos.

sexta-feira, outubro 12, 2007

Isto não é uma crítica


Mas sim um desbafo de motivos, para a TREMENDA DESILUSÃO que apanhei com The Fountain:

Devo de ir ser bombardeado mas cá vai:

1-Argumento muito mal desenvolvido e personagens estereotipadas
2-Deconexão total entre as três histórias (especialmente a do sec.XVI e sec.XXI)
3-Uma realização académica e repetitiva (aqueles POV picados)de Aranofsky
4-Apagamento de todos os secundários para dar lugar ao par Jackman/Weiz
5- Um final que tem tanto de supostamente místico, como de piroso a tresandar a incenso New Age (aquela pose de meditação espacial desafia o rídiculo)

Filme falhado e desiquilibrado? Parece-me que sim e que nem com revisionamentos melhorará muito.

Quem quiser um filme verdadeiramente romântico com uma pulsão de morte, sugiro-lhe The English Patient

quinta-feira, outubro 11, 2007

Votação Cineasta Europeu - Resultados

E o grande vencedor da sondagem cineasta europeu, é este grande senhor!


LARS VON TRIER (7 votos 31%)

2º - Win Wenders (6 votos 26%)

3º - Nanni Moretti (5 votos 21 %)

4º - Mike Leigh (3 votos 13%)

5º - Michael Hanneke (2 votos 8%)

terça-feira, outubro 09, 2007

The Candy Color Clown from Mr. David Lynch

Bizarro! Perturbador! Musical! Belo! Pura Poesia Lynchiana.

quinta-feira, outubro 04, 2007

Sabiam que ...


Em Pulp Fiction (1994) o segmento da overdose de Mia Wallace, e o seu ressuscitar causado por uma injecção de adrenalina directamente no seu coração, é uma transcrição palavra por palavra de uma história contada em American Boy (1978) um documentário realizado por Martin Scorsese.

quarta-feira, outubro 03, 2007

Hilariante !!!


Jesus Quintana: You ready to be fucked, man? I see you rolled your way into the semis. Dios mio, man. Liam and me, we're gonna fuck you up.
The Dude: Yeah, well, you know, that's just, like, your opinion, man.
Jesus Quintana: Let me tell you something, pendejo. You pull any of your crazy shit with us, you flash a piece out on the lanes, I'll take it away from you, stick it up your ass and pull the fucking trigger 'til it goes "click."
The Dude: Jesus.
Jesus Quintana: You said it, man. Nobody fucks with the Jesus.
Walter Sobchak: Eight-year-olds, Dude.
in The Big Lebowski (1998)

terça-feira, outubro 02, 2007

Estalou a bronca em Corrupção

"O realizador João Botelho recusa-se a assinar a ficha técnica do filme «Corrupção», porque viu o filme alterado pelo produtor, avança hoje a SIC.
«Corrupção», protagonizado por Margarida Vila-Nova e Nicolau Breyner e baseado no livro «Eu, Carolina», de Carolina Salgado, vai estrear no dia 1 de Novembro numa versão do produtor, Alexandre Valente.
Segundo a SIC, o produtor do filme, Alexandre Valente, não terá concordado com a montagem de João Botelho e decidiu cortar algumas cenas, bem como alterar partes do filme, nomeadamente a banda sonora.
Como resultado, o realizador e a argumentista, Leonor Pinhão, recusaram-se a assinar a ficha técnica.
É a primeira vez na história do cinema português que um realizador não assina um filme.
Conta a SIC que o caso está agora nas mãos dos advogados. "

in IOL cinema

segunda-feira, outubro 01, 2007

Por mais um punhado de dolares
















ANTES (TAXI DRIVER)
DEPOIS (STARDUST)

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