O primeiro filme de Jorge Cramez, é uma obra vagamente inspirada em Romeu e Julieta, e num caso verídico passado no Norte de Portugal. A história gira a volta de um casal que em plena descoberta do seu amor, tem que lidar com a forte oposição do pai dela, que é professor na escola dele.
Antes de mais, o filme a nível narrativo é praticamente nulo. A história quando finalmente começa a engrenar, acaba abruptamente e deixa o espectador pendurado. Mas afinal o que foi aquilo? Um história sobre o principio e a inocência do amor adolescente, mas completamente desprovida de conflitos. Apesar de uma riqueza pictórica como nunca se viu no cinema português, essa poesia visual torna-se por vezes, vazia e oca, tal é a falta de emoção que percorre todo o filme. Mais um caso típico do cinema português, em que o guião é preterido em favor de um conjunto de belas (neste caso belíssimas) imagens, conseguindo com isso, alienar praticamente o espectador menos “esclarecido”, ou seja , o espectador normal.
Destaque para a realização de Cramez, que recheia o filme com referências cinéfilas, (por vezes de forma demasiado óbvia), tão variadas como 2001 de Kubrick, Rebel Whithout a Cause de Ray, ou A Clockwork Orange , também de Kubrick. Nota-se a paixão de fazer cinema neste filme algo desiquilibrado, que alterna os momentos inócuos e algo maçadores, com outros verdadeiramente sublimes e poéticos. Assim de repente vem-me à cabeça, aquele arrebatador plano final, ao som de Camané e dos Humanos, num momento de verdadeira poesia cinematográfica como nunca antes se viu no cinema português.
Só é pena o guião preguiçoso, pois Capacete Dourado poderia ser um grande filme, caso prestásse mais atenção à narrativa da história que quer contar.
Antes de mais, o filme a nível narrativo é praticamente nulo. A história quando finalmente começa a engrenar, acaba abruptamente e deixa o espectador pendurado. Mas afinal o que foi aquilo? Um história sobre o principio e a inocência do amor adolescente, mas completamente desprovida de conflitos. Apesar de uma riqueza pictórica como nunca se viu no cinema português, essa poesia visual torna-se por vezes, vazia e oca, tal é a falta de emoção que percorre todo o filme. Mais um caso típico do cinema português, em que o guião é preterido em favor de um conjunto de belas (neste caso belíssimas) imagens, conseguindo com isso, alienar praticamente o espectador menos “esclarecido”, ou seja , o espectador normal.
Destaque para a realização de Cramez, que recheia o filme com referências cinéfilas, (por vezes de forma demasiado óbvia), tão variadas como 2001 de Kubrick, Rebel Whithout a Cause de Ray, ou A Clockwork Orange , também de Kubrick. Nota-se a paixão de fazer cinema neste filme algo desiquilibrado, que alterna os momentos inócuos e algo maçadores, com outros verdadeiramente sublimes e poéticos. Assim de repente vem-me à cabeça, aquele arrebatador plano final, ao som de Camané e dos Humanos, num momento de verdadeira poesia cinematográfica como nunca antes se viu no cinema português.
Só é pena o guião preguiçoso, pois Capacete Dourado poderia ser um grande filme, caso prestásse mais atenção à narrativa da história que quer contar.
4 comentários:
Acho que o facto de ele ser pouco "narrativo" é completamente propositado e não um acidente. É por isso que o filme flui da maneira que flui, como um poema, como um olhar sobre algo que não pede para ser entendido, pede para ser vivido... É por isso que o filme é magnífico, das coisas mais genuínas e mais belas que vi este ano em cinema...
Opaa...
blog mtoo bacana!
Tb tenho um cineblog depois aparece por lá!
Cara...O Capacete Dourado ainda não tive a oportunidade de ver, mas acho que o filme está sendo vendido de forma errada!
Dizem que é meia boca...mas não custa tentar!
Abraço
Meu blog: http://eco-social.blogspot.com/
É um filme promissor, mas essa característica da narrativa, intencional ou não, para mim é também um defeito. Ficam algumas imagens, uma banda-sonora interessante, um par talentoso e temas que mereciam ser explorados com maior densidade.
h: percebi as intenções do realizador, mas sinceramente para mim a história está muito mal (e atrapalhadamente) contada.
wiiliam: concordo plenamente. pelo trailer parece um filme para adolescentes, mas é precisamente o contrário
gonn: nem mais! quanto a mim Jorge Cramez vai ter um futuro promissor, mas realmente a densidade (ou intensidade se preferirem) está ausente deste Capacete Dourado
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