segunda-feira, maio 25, 2009
domingo, maio 24, 2009
Palma de Ouro portuguesa!

sexta-feira, maio 22, 2009
Hilariante e incorrecto

- The best pussy in the world.Where else can you get a virginto sit on your face for seven bucks? Seven bucks.
quinta-feira, maio 21, 2009
Um grande Senhor
Aproveito para deixar um excerto de uma das suas (muitas) brilhantes e apaixonadas análises. Neste caso acerca de Casino de Scorsese. A sua escrita revela um conhecimento e uma perspicácia cinéfila, apenas ao alcance de um grande senhor.
"Prodigiosa colagem musical, prodigiosa vertigem musical, a banda sonora segue, no vórtice e no vértice, o não menos prodigioso barroquismo da narração e das imagens, com o mesmo fôlego e a mesma dispersão. Porque Casino é um filme disperso, um filme gastador, que enche as margens (os mil e um episódios, aparentemente secundários, que podiam dar mil e um filmes diversos) para desnudar o centro, o centro trágico que é praticamente resumido na frase inicial e na presença-ausência do personagem de L.Q.Jones. E talvez não haja muitos exemplos de absolutismo trágico para pôr ao lado de duas sequências como a da morte de Nick, depois de ver matar o irmão, ou a do corredor do hotel, onde Sharon Stone, penteada à Simone Signoret, esbanjou os milhões de dólares até à última overdose. Uma (a da morte de Pesci) em ruído e fúria, excessiva e operática. A outra (a que nos fala da morte de Sharon Stone) em silêncio e vazio, minimal e surda.Se, um dia, alguém quiser saber como foram os anos 60 e 70, The Last Waltz de Scorsese diz-lhe tudo. Se, um dia, alguém quiser saber como foram os anos 70 e 90, Casino de Scorsese diz-lhe tudo."
quinta-feira, maio 14, 2009
A propósito da crise financeira
Além de sêr um dos mais belos filmes da história do cinema, The Grapes of Wrath é um fortíssimo manifesto anticapitalista e um acto de denúncia social poderoso, que era actual em 1940 e é actual agora. John Ford mostra o lado humano de uma crise económica, com a sua família Joad à deriva pela América, em busca de uma oportunidade que lhe é recusada por uma sociedade corrupta, viciada e desprovida de humanidade. Nunca um filme retratou tão fielmente o que é sêr pobre e o estar perante a ausência de opções para sobreviver. Ford foi o último dos humanistas, um ferveroso crente do sonho americano e um cineasta intemporal que assinou alguns dos mais belos filmes de sempre. E este The Grapes of Wrath, 69 anos depois continua actualíssimo. É obra! quarta-feira, maio 13, 2009
Fort Apache (1948)
Mais que uma simples cowboiada de luta entre os bons (os soldados) e os maus (os índios) Forte Apache foi dos primeiros filmes a revelar uma visão justa e humana do problema índio. E quem mais senão John Ford, para trazer a à baila essa complexidade, através da dramatização de um personagem complexo e contraditório como o militar interpretado brilhantemente por Henry Fonda (aqui longe dos seus heróis impolutos). O seu coronel Thursday é um homem obcecado com a disciplina militar e com uma ideia de glória bélica, tremendamente ambicioso e perigosamente cego para a realidade que o rodeia a ele e aos seus homens. A espaços Thursday fez-me lembrar Ethan Edwards, na sua busca cega e intolerante. O contraponto desta visão é dado por um sólido John Wayne, na figura do sensato e flexível Capitão York. Menos preso à rigidez militar, e mais querido pelos seus subordinados, York tenta a todo custo abrir os olhos do seu superior hierárquico, procurando evitar o desastre que a conduta de Thursday anuncia. São estes dois polos opostos, que chocam e que trazem resultados trágicos e dramáticamente sublimes. Como sempre, Ford delicia-se ( e delicia-nos ) com uma atenção perspicaz aos pormenores de pompa e circustancia, os códigos de conduta militar, o humor irlandês (enorme Victor Mclagen) e as questões humanas, sociais e políticas que envolvem a história. Nada é demais, nem de menos em Ford, pois o equilíbrio entre os vários tons é conseguido de forma magistral. E depois temos aquele final, agridoce, com direito a glória na derrota, mas aqui com um sabor a falso, pois tal como em The Man Who Shot Liberty Valance, "when the legend becomes truth, print the legend"




