domingo, dezembro 09, 2007

Groundhog Day (1993)

de Harold Ramis

Imagine que acordava todos os dias à mesma hora, com a mesma música no rádio, no mesmo local e no mesmo dia do ano, vendo sempre as mesmas pessoas envolvidas exatamente nas mesmas situações dia após dia. A início a situação leva-o à incredulidade, depois ao desespero que o conduzem às tentativas de suicídio. Mais tarde à ocorre-lhe manipular os outros à sua volta, mas por fim acaba por descobrir sentimentos que desconhecia: a compaixão e finalmente, o amor.

A partir desta original permissa, Harold Ramis (o Egon dos Ghostbusters), assina uma das mais inventivas e brilhantes comédias dos anos 90. A sua realização discreta mas eficaz q.b., potencializa ao máximo e em igual medida, os elementos cómicos e dramáticos da inverosímil situação do protagonista. A mão de Ramis, nunca treme, contando a história de uma forma tão dinâmica e suave que o espectador é agarrado desde o primeiro segundo, nas história que se desenrola. A culpa é tambem repartida pelo magnífico guião, que de uma trama única, cria uma série de conflitos (interiores e exteriores) ora cómicos ora dramáticos ao personagem do magnífico Bill Murray.

Muito antes de Wes Anderson, ou Sofia Coppola, descobrirem a sua faceta mais dramática, foi neste Groundhog Day, que Murray começou a revelar o seu lado mais melancólico. É extramente credível a angústia existencial que o seu papel transmite sem recurso a tiques ou excessos, mas sim de uma forma subtil e talentosa.

Em suma, um dos filmes mais originais que sairam de Hollywood, e que com o tempo acabou por ganhar um merecido estatuto de filme de culto.

6 comentários:

Carlos M. Reis disse...

Aproveitando o título do post que antecede este, "Filme Sublime" ;)

Luís A. disse...

um entusiasta! eu nunca tinha visto até ao dia de hoje. gostei bastante. abraço knoxx

Cataclismo Cerebral disse...

Mais vale tarde do que nunca! Revi-o no Sábado no Hollywood.Acho que este Groundhog Day é das melhores comédias dos anos 90, a fazer lembrar Capra. Sabe tão bem vê-lo nesta altura do ano... Eu dar-lhe-ia mais uma estrelinha ;)

Abraço

Luís A. disse...

só não dei 5 estrelinhas, pois o final perde o gaz que a filme levava. mas faz lembrar o Capra sim senhora. grande filme!

Paulo disse...

Uma comédia um tanto ou quanto mal tratada nos dias de hoje, mas um grande filme com dois excelentes actores!

Luís A. disse...

parece-me que lentamente esta comédia veio a ganhar o lugar que merece, conseguindo um estatuto de culto

abraços

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