Datado do ja longínquo 1987, Fatal Atraction, foi o filme do ano na altura. Não só no box-office, mas também na polémica e no debate que abriu sobre as relações extra-conjugais. De certa forma esta intenso thriller, pode ser considerado uma alegoria sobre a Sida, uma vez que a aventura de uma noite de Michael Douglas, praticamente destroi-lhe a sua família. Mas aparte esse tendor simplista, esta obra é um marco no cinema dos anos 80, sendo dos poucos thrillers a conseguir uma nomeação para melhor filme nos Oscars de Hollyood.
Glenn Close e Michael Douglas, incendeiam o ecrã com uma quimica tórrida e cenas de sexo intensas e escaldantes (para a altura). Close vai particularmente bem, conseguindo alternar a loucura latente da sua personagem, com uma fragilidade tocante que vem ao de cima de forma particularmente subtil. Ela é, por mérito seu e do seu realizador, uma das grandes vilãs, da história do cinema, podendo ombrear sem problemas com outros monstros como Hannibal Lecter, ou John Doe. Douglas vai seguro e não compromete, no papel do homem comum que num momento de luxuria, se deixa arrastar para um pesadelo que não estava nos seus planos. Quanto a Anne Archer, no papel de esposa traída, também vai segura, emanando uma beleza, simples e desarmante, conjugada com uma força interior que será fulcral para o final da história.
Glenn Close e Michael Douglas, incendeiam o ecrã com uma quimica tórrida e cenas de sexo intensas e escaldantes (para a altura). Close vai particularmente bem, conseguindo alternar a loucura latente da sua personagem, com uma fragilidade tocante que vem ao de cima de forma particularmente subtil. Ela é, por mérito seu e do seu realizador, uma das grandes vilãs, da história do cinema, podendo ombrear sem problemas com outros monstros como Hannibal Lecter, ou John Doe. Douglas vai seguro e não compromete, no papel do homem comum que num momento de luxuria, se deixa arrastar para um pesadelo que não estava nos seus planos. Quanto a Anne Archer, no papel de esposa traída, também vai segura, emanando uma beleza, simples e desarmante, conjugada com uma força interior que será fulcral para o final da história.
Adrian Lyne, realizador de clássicos como 9 ½ Weeks, ou do muito substimado Jaccob’s Ladder, tem uma mão segura, e particularmente inspirada. Sem os excessos estílisticos que o caracterizam, Lynne, aposta claramente nos personagens e na história, em detrimento de um certo floreado visual de outros filmes, e isso só dá mais força a Fatal Atraction. Com uma camara fluída e certeira, Lynne cria vários momentos inesquéciveis com a ajuda dos seus colaboradores, sendo de destacar o seu montador, o genial Michael Kahn (braço direito inseparável de Spielberg).
Um thriller inteligente e provocador, com grandes interpretações e um realizador inspirado. Um clássico a redescobrir.
Um thriller inteligente e provocador, com grandes interpretações e um realizador inspirado. Um clássico a redescobrir.
5 comentários:
Nunca vi mas agora fiquei bastante curioso, até porque já me tinham falado bastante bem deste filme.
"...ou do muito substimado Jaccob’s Ladder"
Concordo contigo, e fico contente por saber que não sou o único a admirar esta obra. Um excelente thriller psicológico, que infelizmente parece ter sido um pouco esquecido. Tão, tão underrated...
Dispensava essa última fotografia :S
é uma das imagens mais simbólicas do filme. a infame sequencia boiling bunny
Gosto bastante deste filme e das interpretações, que acabam por elevar a sua qualidade. Duas cenas também míticas: a vertiginosa montanha russa e as cassetes com a descarga de bílis de Close (que têm uma carga emocional brutal)...
realmente são boas cenas , em especial a da k7...cria uma tensão psicológica arrepiante.
abraço cataclismo
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