quinta-feira, junho 28, 2007

João César Monteiro ...Único!

Excerto da mítica entrevista de João César Monteiro, acerca da polémica em redor do seu filme-negro Branca de Neve:

Entrevistadora: Dizem as más linguas...
César Monteiro, com calma e candura: - Eu quero que as más línguas se fodam!
Entrevistadora: - O público Português...
César Monteiro: -Eu quero que o público Português se foda!

Goste-se ou não, concorde-se ou não, este senhor tinha uma coragem e frontalidade de se louvar. No panorama imbecil e pedante do cinema português era o verdadeiro iconoclasta.

Descansa em paz grande César!

10 comentários:

Anónimo disse...

tudo bem, como é o João César Monteiro...até tem piada.
Quanto foi o orçamento do filme??? esse ele não mandou se foder!!!
Único!!!

"Não há nade de bom ou de mau. O que faz o bom e o mau é pensá-lo."
W. Shakespeare

Luís A. disse...

O que ele fez, foi traduzir em palavras o pensamento de quase todos os cineastas em Portugal: que se estã a marimbar para o público português!
A sua virtude foi ter a frontalidade de o dizer, enquanto os outros "artistas" se escondem em divagações pseudointelectuais. No fundo podiam chamar-lhe muita coisa, menos hipócrita.
Obrigado pela vista Paulo.
Abraço

Anónimo disse...

Já fiz um post sobre ele no "Arte Sétima".
Um génio!
Desenquadrado como quase todos, desabrido, frontal.
Personalidade forte, discreto e seguro, JCM não facilitava, não se acomodava, não transigia.

Bracken disse...

Luís, recordo-me de ter ido à ante-estreia de "Branca de Neve" com uma amiga e sermos presentados com mais um destes mimos do César Monteiro. Ela queria sentar-se num lugar de onde pudesse ver melhor. Ele ouviu-a dizer-me isto, e disse: "Quem é que lhe disse que isto é para se ver?". Genial.
Abraço

Capitão Napalm disse...

Muita falta ainda faz ele...

Carlos M. Reis disse...

O público português que se foda... mas foi esse mesmo público que andou a pagar ao Estado para o filme dele e muitos outros irem para a frente.

Luís A. disse...

tens razão Knoxx, mas a diferença é que César Monteiro não era hipócrita e traduziu em palavras o que muitos cineastas fazem em imagens, ou seja: mandar o público português foder-se.
Abraço

mm disse...

Cesar Monteiro sem duvida alguma era o cineasta portugues mais inteligente,frio e sereno.Acho merecia ser considerado o mais intelegente portugues de sempre foi absolutamente genial ao ganhar 1.5 milhoes de euros so com o orçamento do filme.

VIVA A JOAO CESAR MONTEIRO!!!!!!!!!!

ApA disse...

Na minha opinião, JCM voltou a gastar o guito noutras coisas. Foi obra do seu alter-ego que nunca quis fazer cinema nem nada.

Não quis dizer nada nem passar nenhuma mensagem, senão teria-o feito.

A comédia e os pensamentos foram como os demais mas desta vez, não os partilhou connosco.

Genial? Claro que não. O homem não era Deus, mas mostrou-Lhe o que era o Homem.

Anónimo disse...

Era só um Homem que estava já a dar o "peido" por assim dizer...Julgo que não quis ir embora sem que tudo ficasse claro...

One Love para este Homem...

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