A Blumhouse comprova-se como um kinooasis no deserto que é o cinema
hollywoodesco actual. A sua filosofia de liberdade criativa, num
contexto de rígida austeridade orçamental, está a produzir obras como
Whiplash, Upgrade, Get Out, Split e agora este empolgante Glass. O feito
é tal. que ressuscitou o dead director Shyamalan, que assina aqui o seu
melhor filme desde 2002. É impossível não assinalar os paralelos da
crise existencial dos seus (super?) heróis, com os do próprio
realizador, que, até Split, andava em igual condição a nível criativo. O
Bruce está apagado, mas o Samuel e o James elevam o estreito e coeso
guião do Night, nesta digna sucessão do mítico Unbreakable. Jason Blum é
definitivamente um caso a seguir.
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