A Blumhouse comprova-se como um kinooasis no deserto que é o cinema
hollywoodesco actual. A sua filosofia de liberdade criativa, num
contexto de rígida austeridade orçamental, está a produzir obras como
Whiplash, Upgrade, Get Out, Split e agora este empolgante Glass. O feito
é tal. que ressuscitou o dead director Shyamalan, que assina aqui o seu
melhor filme desde 2002. É impossível não assinalar os paralelos da
crise existencial dos seus (super?) heróis, com os do próprio
realizador, que, até Split, andava em igual condição a nível criativo. O
Bruce está apagado, mas o Samuel e o James elevam o estreito e coeso
guião do Night, nesta digna sucessão do mítico Unbreakable. Jason Blum é
definitivamente um caso a seguir.
quarta-feira, abril 03, 2019
quinta-feira, março 14, 2019
Starship Troopers : 7 Kinonotas
1-O cinema de guerra e a ficção científica estão unidos por uma cola satírica que subverte ambos os géneros, paradoxalmente reforçando-os.
2- A igualdade de raça, género, estatuto, não invalidam que por detrás dessa utopia, estejamos perante um sociedade fascista. Afinal de contas, estamos num universo onde nas aulas de história ensina-se o porquê do falhanço da democracia.
3 - Os nosso heróis protonazis são de Buenos Aires, o que implica que o disparar primeiro e questionar depois americano foi exportado para todo o mundo e tornou-se numa das doutrinas da globalização.
4 – A delícia que é ver o fascizante estúdio do rato mickey produzir uma superprodução (de mais de 100 milhões de dólares) onde inocentes crianças pegam em armas e fazem a sua parte, vaginas alienígenas sugam cérebros masculinos, vómitos, entranhas, sangue, desmembramentos, sexo sadomasoquista, testosterona bélica e reflexão histórico-política, desfilam com a maior das jovialidades.
5 – Já tem 22 anos e continua a provar que o espectador ter direito aos mais grandioso espectáculo, aliado a provocação, inteligência e enorme pertinência sóciopolítica, não é um paradoxo comercial.
6 - Está nos antípodas da banalidade coninhas e insegura do kinomerdum de hoje (obrigadinho milenials).
7 - O tipo da esquerda é Deus.
quinta-feira, janeiro 31, 2019
Tabu (2012)
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