quinta-feira, outubro 08, 2009

The Hurt Locker (2009)

de Kathryn Bigellow

E quando eu menos esperava... BOOM! Finalmente um estrondo de filme! Até agora a guerra do Iraque tinha ficado palidamente retratada pela 7ª arte. Filmes como The 3 Kings, Redacted ou In The Valley of Ellah, constituiram nobres, mas pálidos esforços. Teve de ser uma mulher a perceber a sede de guerra dos homens. A mulher é nem mais nem menos que a ex Mrs. James Cameron, de seu nome Kathryn Bigellow. Arrisco dizer que Bigellow é a melhor realizadora a trabalhar nos EUA. A sua carreira indica uma coragem temática e formal que está ao alcance de poucos cineastas. E em The Hurth Locker, Bigellow chega ao coração da guerra. Essa coração é feito de perigo, camaradagem, medo, paranoia, rituais, violencia, morte e exitação. E é no personagem do sargento interpretado por Jeremy Renner (atenção a este senhor), que a realizadora revela a sua peculiar e astuta abordagem à loucura da guerra. Renner assina um personagem que por detrás de um heroísmo kamikaze, esconde um lado ambíguo e traumatizado, mas que acaba por ceder à adrenalina de desafiar a morte. E depois temos aqueles 5 minutos finais, que sem dizerem nada, dizem tudo o que ha para dizer, resumindo de forma brilhante e inesperada, toda a temática de The Hurt Locker. Para mim um dos grandes filmes do ano.

2 comentários:

Unknown disse...

Concordo com a apreciação a The Hurt Locker. Sem dúvida mas não concordo quando escreves que In the Valley of Elah seja uma pálida tentativa de retratar uma das realidades da Guerra do Iraque. Exceptuando a pobre performance de Theron o filme é muito perfeito no que aos restantes níveis diz respeito. As metáforas presentes (David e Golias; a bandeira dos EUA) são brilhantes e ajudam claramente a tornar a trama e a mensagem mais significativos.

E apesar de tudo, continuo a achar Body of Lies um filme muito competente e, por conseguinte, subvalorizado.

Abraço

Luís A. disse...

Body of Lies? A sério? É que ultimamente o Ridley anda em piloto automático, mas esta na lista para ver. O Valley of Elah pareceu-me muito insonso, ao contrário deste estrondo de filme.
Volta sempre Fifeco.

Abraço

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