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quarta-feira, abril 29, 2009
Monteiro, Ford, Polanski, Scorsese, Costa, Hitchcock...
segunda-feira, abril 20, 2009
Witness (1985)
Estrondoso sucesso comercial e artístico em 1985, Witness é um marco na carreira do seu realizador e do seu actor principal. Peter Weir assina o seu primeiro filme americano com resultados quase sublimes. A sensibilidade do cineasta australiano, torna este thriller em muito mais que isso. Apesar de ser um policial vibrante, Witness é acima de tudo uma delicada e inspirada história de um amor impossível, causado pelo contraste de dois mundos muito diferentes. Se o universo de John Book é violento e urbano, o de Rachel Lapp é solidário e anacronicamente idílico. É desse conflito de culturas, que nascem os melhores momentos deste filme nomeado para 8 oscars. Uma dessas nomeações foi precisamente para Harrison Ford ( a sua única até hoje ). O seu John Book é dos personagens mais complexos que o actor interpretou até hoje. Com uma subtileza até então desconhecida, Ford consegue transmitir força, vulnerabilidade, brutalidade e carência. Essas emoções demonstram o alcance interpretativo de Ford, provando que é muito mais que um heroi de aventuras e FC. Destaque tambem para a luminosa Kelly McGillis, para o pequeno Lucas Hass e para um cruel Danny Glover.Apesar da plot assentar em alguns clichés do policial (os polícias corruptos), os magníficos actores, a abordagem quase lírica de Peter Weir (que foca emoções, olhares e ambientes) fazem de Witness um dos grandes filmes da colheita de 85 e o melhor filme do seu realizador, lado a lado com The Truman Show.
sábado, abril 18, 2009
James Cameron & Titanic
sexta-feira, abril 17, 2009
Lolita (1997)
Trata-se de um filme complexo e com várias camadas de leitura. Insjustamente confundido como uma obra exploratória, Lolita é no fundo um retrato da obsessão e de amor perdido. Arrisco mesmo dizer, que é tão bom ou melhor que a versão de Kubrick. E aquela música de Ennio Morricone…
"Light of my life, fire of my loins. My sin, my soul. Lo... Li... Ta"
quinta-feira, abril 16, 2009
THE END - Parte 3
quarta-feira, abril 15, 2009
Há remakes que valem a pena
E este é um deles. Desde os Sopranos e Californication, que uma série de tv não me enchia tanto as medidas. Complexa, adulta e emocionante, ou seja tudo o que a anterior não era (apesar de não perder um episódio quando era imberbe). E o enorme Eduard James Olmos brilha a grande altura como o Almirante Adama. Batlestar Galactica, para mim a grande descoberta do ano em tv.
* A Tricia Helfer dá-me vontade de me converter num cylon.
terça-feira, abril 14, 2009
segunda-feira, abril 13, 2009
Doubt (2008)
Nos anos 60, numa escola católica gerida pela Igreja, a estranha amizade entre um padre e um miudo de cor, fazem despertar as suspeitas na reitora da escola. Apesar da ausencia de provas, a fé inabalável da freira que se trata de um caso de pedofilia, faz com que esta recorra a todos os seus recursos para desmascarar o padre em questão.
Baseado numa peça da sua autoria, John Patrick Shanley adapta com mão segura o seu texto original. O guião deixa-nos constantemente na dúvida quanto aos motivos, emoções e acções dos personagens, o que nos aguça a curiosidade e o interesse num crescendo dramático, até chegar-mos aquele final, que deixará muita gente a pensar no filme, muito depois de saír da sala de cinema. Pena é que as raízes teatrais desta obra, se encontrem demasiado vincadas, pois o facto de toda a narrativa se prender num único local, torna por vezes o filme algo monótono visualmente.
Mas seja como fôr, o brilhante duelo dos dois actores principais, assim como um guião que aborda temas dificeis e polémicos de forma original, tornam este filme numa agradável surpresa.
domingo, abril 12, 2009
The Curious Case Of Benjamin Button (2008)
Contando esta fábula da frente para trás, da velhice para a juventude, o brilhante guião de Eric Roth, consegue cativar e envolver o espectador com as suas inteligentes metáforas, com que qualquer um de nós se pode identificar de forma total. Fincher, um pouco como em Zodiac, afasta o seu arsenal pirotécnico para com mestria, aplicar toda a sua mise en scéne para retirar o máximo proveito das interpretações superiores do duo Brad Pitt / Cate Blanchet, assim como dos fabulosos efeitos de caracterização, que tornam toda esta original premissa, credível aos nossos olhos.
Mas apesar de todas as virtudes técnicas e interpretativas deste filme poderoso, a grande virtude passa realmente pela forma justa e quase meditativa, com que Fincher conta a história da vida do peculiar Benjamin Button. Esse lado quase contemplativo, acaba por justificar uma duração, que alguns consideram excessiva. Mas lá está, o tema deste filme é o tempo e a sua inevitabilidade, e como tal a narrativa completa da vida de um homem, do nascimento à sua morte, acaba por ser plenamente aceitável. E Fincher foge de divagações metafísicas (apesar de elas estarem nas entrelinhas), ancorando o filme na realidade das emoções dos seus personagens. E essa é a magia de Benjamin Button. Um conceito mirabolante, contado de forma realista, emocionante, inteligente e profunda, com um desenlace final inesquécivel . Tal como The Wrestler, um dos grandes injustiçados nos Oscars, devido à histeria da moda, de seu nome Slumdog Millionaire.
Cristo no Cinema
Martin Scorsese(The Last Temptation of Christ) - O Cristo humano
sábado, abril 11, 2009
Paths of Glory (1957)
de Stanley Kubrick
Stanley Kubrick foi um cineasta que se caracterizou pela enorme facilidade em exprimir o seu génio nos mais diversos géneros cinematográficos. O seu toque de Midas manifestou-se em géneros tão distantes como a ficção cinetifica (2001, A Clockwork Orange), no filme de crime(The Killing), no horror mais profundo (The Shinning) ou no psicodrama (Lollita, Eyes Wide Shut). Mas parece-me, que dos vários géneros que abordou, havia sempre um que lhe era mais querido, ou se preferirem, pessoal: o cinema de guerra. Senão, como explicar as três incursões de Kubrick a diversos cenários bélicos como foram a guerra fria (Dr. Strangelove), o Vietname (Full Metal Jackett) e as trincheiras da 1ª guerra mundial, neste Paths Of Glory. Junte-se a estes filmes, as obras não concretizadas, mas minuciosamente preparadas, sobre as conquistas de Napoleão e o Holocausto nazi, e fica-se com a ideia, de um cineasta motivado para expor e denunciar, o lado mais monstruoso do ser humano. Tal como nos exemplos referidos, Paths of Glory expõem de forma brutal, crua e visceral, toda a injustiça e loucura de qualquer guerra. Esta filme baseado num caso verídico, conta a história de um general francês, que condenou à morte três soldados do seu exército, acusado-os de cobardia, por não terem conquistado um objectivo militar, que era impossível de conquistar à partida. O olhar de Kubrick é implacável no retrato desumano e altivo destes generais, que observam à distância os resultados sangrentos das suas táticas cruéis e irrealistas. Nas mãos desses generais, as vidas de milhares de homens são apenas carne para canhão e um caminho para chegar aos ambicionados louvores e promoções. Paths of Glory, tal como Strangelove e Ful Metal Jacket, expõe ao ridículo, qualquer discurso militarista e confronta o espectador com a injustiça e insanidade dos conflitos bélicos. Saliente-se ainda a coragem de Kirk Douglas, que no seu duplo papel de protagonista/produtor entregou a um jovem Kubrick os comandos desta produção polémica e corajosa. Tecnicamente, trata-se de um filme irrepreensível. Nomeadamente nas composições que o olhar prodigioso de Kubrick elabora, ou nos travellings que nos fazem mergulhar de forma eficaz no inferno das trincheiras, ou ainda no apurado trabalho sonoro, que dispensa a utilização de partitura musical, confiando no som diagético dos tambores militares, das explosões das bombas ou na voz de uma cantora que encerra o filme com uma performance muito especial. Essa comovente cena final, é a prova, que tal como Spielberg disse, por detrás deste enorme cineasta acusado (injustamente) de frio e cerebral, havia um ser humano com uma grande empatia pelo seu semelhante, e com uma enorme capacidade artística para retratar o lado negro do Homem. Um filme marcante.
terça-feira, abril 07, 2009
Parabens Francis!
domingo, abril 05, 2009
quinta-feira, abril 02, 2009
Votação adulterada
quarta-feira, abril 01, 2009
5 motivos para amar o Western
3 - O desespero e raiva de Peckinpah
4 - A poesia pictórica de Cimino
5 - O desencanto e fatalismo de Eastwood