quinta-feira, janeiro 31, 2019

Tabu (2012)

Tabu tem duas partes bipolares. A primeira, assumidamente fadista e formal, com um como isto tudo é tão triste, lança um mistério, de somenos importância para tão longa duração. Mas depois... Depois vem a segunda e o desvendar do mistério. O flashback mais glorioso do cinema português. Zero diálogos e "apenas" a memória de um tempo ido. Memórias, impressões, correspondências, que ouvimos em catadupa e que são em si um exercício Malickiano, oscilando entre a ironia irreverente e o mais profundo desespero poético. Junte-se lhe a isso crocodilos espectadores, uma arrebatada banda sonora e as lágrimas da Teresa Madruga e da Ana Moreira e eis "O" filme português desta década.

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