de Clint Eastwood 
A carreira de Clint Eastwood enquanto realizador, tem se caracterizado por duas vertentes: a claramente comercial (Dirty Harry, Firefox, Rookie) e outra com pretensões claramente mais pessoais e artísticas (Honkytonk Man, Imperdoável, Um Mundo Perfeito, Million Dollar Baby).
Em Um Crime Real Clint funde essas duas vertentes, que apesar de não funcionarem a 100%, devido a algumas sequências algo arrastadas e claramente a mais, acabam por dar luz a um filme fascinante do ponto de vista humanístico. Para Clint Eastwood, o humano com as suas virtudes e (muitas) falhas são o que há de mais fascionante nas suas histórias. O seu torturado Steve Everett é exemplo máximo disso mesmo, juntando-se a outros (anti?)heróis da galeria Eastwood. A sua corrida contra o tempo para salvar a vida de um condenado à morte (magnífico Isaha Washington) é essencialmente uma corrida para Everet salvar a sua alma e encontrar a redenção tão desejada.
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Um destaque muito grande para a magnífica
mise-en-sene de Eastwood, fugindo a vários clichés (o momento em que Everet e Bitchum se reencontram no final é um marco de contenção e emoção onde todo um subtexto pode ser visto no olhar dos dois actores sem trocarem uma única palavra), assim como vários actores, destacando a sempre luminosa Diane Venora.
A Favor : Clint Eastwood realizador, Clint Eastwood actor, a economia do argumento.
Contra : Um James Woods excessivamente cabotino e algumas sequências desnecessárias