segunda-feira, maio 25, 2009

domingo, maio 24, 2009

Palma de Ouro portuguesa!


NOTA DO REALIZADOR JOÃO SALAVIZA
"Mais do que captar as transformações de um lugar, interessa-me a tensão dos momentos em que nada se altera. O protagonista de “Arena” está confinado a um espaço e a um tempo limitados. Ao filmar o Mauro em prisão domiciliária confrontei-me com a condição de um homem que não tem para onde ir. Segui esta ideia, desde o guião até à montagem. O princípio de que os planos não se antecipam às deambulações do protagonista, nem lhe sugere caminhos que ele, simplesmente, não pode ver.É justo para alguém que vive com grades nas janelas de casa, e que está secretamente à espera que as coisas mudem por si."

sexta-feira, maio 22, 2009

Hilariante e incorrecto


*Salvador é mesmo o melhor Stone e um dos grandes filmes da história do cinema. E mai nada!


- You said Guatemala, man,not El Salvador. Come on, I've never beenout of the country. They kill people here, Boyle.
- You believe everything in the papers? You'll love it here. Give me the joint.This is my last chance, man.I'm serious. If I can get some good combatshots for AP, I can make some money. I could pay you back.
-Better pay me back.
-We'll head for La Libertad...the best surfing beachin the world.Good times, kick back for a fewmonths. It'll be fantastic.You could live in this country for bucks a year.
- What the fuck is this?
- Mace.
- Mace? For what?
- Wild dogs.
- Yeah, wild dogs? That's bullshit.You've lied to me straight through.
- Want me to be honest with you?
- What are you doing with all these?
- Here you could have a life.
- What are all these?
- They come in handy.
- You're gonna love it here, Doc.
- I'm going home, man.
- You can drive drunk...and get anybody killed for 10$ .
- I don't want to.
- The best pussy in the world.Where else can you get a virginto sit on your face for seven bucks? Seven bucks.
- It better be the best pussyin the world...or I'm going home.
- Two virgins for twelve.
- You're just lucky I'm fucked up,you know that?
- Drugs? No prescriptions. They gotstuff that keeps you hard all night. All these people want to do is fuck.
- Twelve bucks? I think we can get them down.
- Now you're talking.
- You're such an asshole, Boyle.
- You're gonna love this place.You're gonna be in pig heaven, man.

quinta-feira, maio 21, 2009

Um grande Senhor

R.I.P.
João Bénard da Costa
1935-2009

Aproveito para deixar um excerto de uma das suas (muitas) brilhantes e apaixonadas análises. Neste caso acerca de Casino de Scorsese. A sua escrita revela um conhecimento e uma perspicácia cinéfila, apenas ao alcance de um grande senhor.

"Prodigiosa colagem musical, prodigiosa vertigem musical, a banda sonora segue, no vórtice e no vértice, o não menos prodigioso barroquismo da narração e das imagens, com o mesmo fôlego e a mesma dispersão. Porque Casino é um filme disperso, um filme gastador, que enche as margens (os mil e um episódios, aparentemente secundários, que podiam dar mil e um filmes diversos) para desnudar o centro, o centro trágico que é praticamente resumido na frase inicial e na presença-ausência do personagem de L.Q.Jones. E talvez não haja muitos exemplos de absolutismo trágico para pôr ao lado de duas sequências como a da morte de Nick, depois de ver matar o irmão, ou a do corredor do hotel, onde Sharon Stone, penteada à Simone Signoret, esbanjou os milhões de dólares até à última overdose. Uma (a da morte de Pesci) em ruído e fúria, excessiva e operática. A outra (a que nos fala da morte de Sharon Stone) em silêncio e vazio, minimal e surda.Se, um dia, alguém quiser saber como foram os anos 60 e 70, The Last Waltz de Scorsese diz-lhe tudo. Se, um dia, alguém quiser saber como foram os anos 70 e 90, Casino de Scorsese diz-lhe tudo."

quinta-feira, maio 14, 2009

A propósito da crise financeira

Além de sêr um dos mais belos filmes da história do cinema, The Grapes of Wrath é um fortíssimo manifesto anticapitalista e um acto de denúncia social poderoso, que era actual em 1940 e é actual agora. John Ford mostra o lado humano de uma crise económica, com a sua família Joad à deriva pela América, em busca de uma oportunidade que lhe é recusada por uma sociedade corrupta, viciada e desprovida de humanidade. Nunca um filme retratou tão fielmente o que é sêr pobre e o estar perante a ausência de opções para sobreviver. Ford foi o último dos humanistas, um ferveroso crente do sonho americano e um cineasta intemporal que assinou alguns dos mais belos filmes de sempre. E este The Grapes of Wrath, 69 anos depois continua actualíssimo. É obra!

quarta-feira, maio 13, 2009

Fort Apache (1948)

de John Ford


Mais que uma simples cowboiada de luta entre os bons (os soldados) e os maus (os índios) Forte Apache foi dos primeiros filmes a revelar uma visão justa e humana do problema índio. E quem mais senão John Ford, para trazer a à baila essa complexidade, através da dramatização de um personagem complexo e contraditório como o militar interpretado brilhantemente por Henry Fonda (aqui longe dos seus heróis impolutos). O seu coronel Thursday é um homem obcecado com a disciplina militar e com uma ideia de glória bélica, tremendamente ambicioso e perigosamente cego para a realidade que o rodeia a ele e aos seus homens. A espaços Thursday fez-me lembrar Ethan Edwards, na sua busca cega e intolerante. O contraponto desta visão é dado por um sólido John Wayne, na figura do sensato e flexível Capitão York. Menos preso à rigidez militar, e mais querido pelos seus subordinados, York tenta a todo custo abrir os olhos do seu superior hierárquico, procurando evitar o desastre que a conduta de Thursday anuncia. São estes dois polos opostos, que chocam e que trazem resultados trágicos e dramáticamente sublimes. Como sempre, Ford delicia-se ( e delicia-nos ) com uma atenção perspicaz aos pormenores de pompa e circustancia, os códigos de conduta militar, o humor irlandês (enorme Victor Mclagen) e as questões humanas, sociais e políticas que envolvem a história. Nada é demais, nem de menos em Ford, pois o equilíbrio entre os vários tons é conseguido de forma magistral. E depois temos aquele final, agridoce, com direito a glória na derrota, mas aqui com um sabor a falso, pois tal como em The Man Who Shot Liberty Valance, "when the legend becomes truth, print the legend"

quarta-feira, maio 06, 2009

Ainda não sei...

... o que achar deste filme. Genial ou perversamente auto-indulgente?




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